Pesquisar este blog

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Maioria quer se livrar do vício do crack, diz pesquisa

LÍGIA FORMENTI - Agência Estado
A maioria dos usuários de crack carrega o desejo de se livrar da dependência, revela pesquisa feita pela Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogadas da Universidade Federal de São Paulo (Uniad-Unifesp) na cracolândia, no centro da capital paulista. O trabalho, que entrevistou 170 usuários, mostra que 62,3% gostariam de se livrar da droga e 47% estão dispostos a se submeter a tratamento. A pesquisa mostra ainda que 34% acham que a internação involuntária pode ser usada em determinadas condições.

"O resultado da internação involuntária surpreende, mas ao mesmo tempo reflete a perfeita convicção dos usuários de que, muitas vezes o dependente precisa de ajuda externa para, pelo menos, iniciar o tratamento", afirma um dos autores do trabalho, o psiquiatra Marcelo Ribeiro. O médico ressalta que, em alguns momentos de fissura, o dependente chega a ficar "incontrolável". Para ele, na recente ação da cracolândia, o risco de desestabilização se acentua. "Eles estão deslocados. A dificuldade para obtenção da droga, a fissura num ambiente estranho pode levar à maior exposição. O que aumenta o risco de violência".

Conduzida em dezembro, a pesquisa também reflete a ausência do governo na oferta de terapia para esse grupo. Dos usuários que já se submeteram a tratamento alguma vez na vida (61% dos entrevistados), somente 10% afirmam que o ingresso aos serviços foi feito por meio de projetos sociais. A maior parte diz que a oferta de serviços foi feita pela Igreja (53%) e por ONGs (22%). "A imagem do Estado não está atrelada a tratamento", diz Ribeiro. Ele observa existir dois centros públicos de tratamento relativamente próximos da região da cracolândia. "Mas, para os usuários, esses serviços são invisíveis. O ideal seria que agentes de saúde estivessem mais próximos dos dependentes".

A pesquisa, feita em parceria com os psiquiatras Ronaldo Laranjeira e Lígia Duailibi, mostra também que 37% dos dependentes afirmam ter dinheiro próprio para comprar a droga. Outros 13% dizem apelar para o roubo, 9% de furto e 9%, de dinheiro de venda de objetos de família. Para 11%, a droga chega em troca de sexo e 13%, em troca de serviços para traficantes.

Plano do governo federal previa ação policial na cracolândia só em abril .

Bruno Paes Manso - O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - O cronograma traçado pelo governo federal para ser discutido com o Estado e a cidade de São Paulo previa o começo das ações policiais na cracolândia apenas em abril. A proposta era começar o ano fortalecendo serviços de retaguarda nas áreas de saúde e proteção social e inaugurar os consultórios de rua em fevereiro. Só depois seriam instaladas bases móveis da Polícia Militar em locais com alta concentração de consumidores de drogas e iniciado o policiamento ostensivo na região, com monitoramento das ruas por câmeras. Em maio, o policiamento dessas áreas ganharia apoio de equipes de ronda ostensiva - no caso de São Paulo, a Rota.

Veja também:
'Eu não sai da rua, o PM atirou', diz jovem baleada na boca

O cronograma ao qual o Estado teve acesso - e que está sendo coordenado pela Casa Civil do governo federal - prevê uma série de intervenções em cracolândias ainda neste semestre em seis capitais brasileiras: além de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Distrito Federal e Porto Alegre. Mas a antecipação da intervenção no centro paulistano para janeiro acabou prejudicando o diálogo com a União, que deveria ser intensificado neste mês.

‘Cenas’. Uma das ações dificultadas pela ocupação da PM na cracolândia foi, por exemplo, o mapeamento pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) dos mais de cem pontos de consumo de crack em São Paulo - chamados no estudo de "cenas do crack". Os 12 pesquisadores da entidade - que estão conversando com usuários para identificar necessidades de tratamento e equipamentos públicos - enfrentam problemas por causa da migração de dependentes pela região central. O plano do governo federal previa ainda estratégias para o caso de dispersão de consumidores, com deslocamento de bases policiais e escritórios de rua.

O detalhamento e a sequência das ações eram uma tentativa de facilitar que o pacote de R$ 4 bilhões em ações para combater o crack, divulgadas em dezembro pela presidente Dilma Rousseff, começassem rapidamente a sair do papel. Na estratégia discutida pela União, os policiais ainda têm tarefas bem detalhadas.

No caso de encontrarem uma pessoa inconsciente ou correndo risco de morte, por exemplo, devem chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Caso um adulto seja flagrado com droga, deve ser encaminhado ao Distrito Policial, onde será indicada uma Unidade Básica de Saúde, Centro de Apoio Psicossocial ou Centros de Referência Especializado de Assistência Social.

A secretária de Estado da Justiça, Eloisa de Sousa Arruda, diz, no entanto, que não teve acesso a nenhum documento do governo federal com definição de datas para ações na cracolândia. Mas isso, segundo ela, não significa que Estado e União não pretendam conversar daqui para a frente. Eloisa diz que a parceria com a União já permitiu a São Paulo montar um Centro de Atendimento de Saúde Mental em Perdizes, na zona oeste. "Queremos ampliar as conversas para termos mais recursos."

A Assessoria de Comunicação do Ministério da Justiça ressaltou que constitucionalmente o governo federal não pode tomar medidas unilaterais sem que Estado e município sejam ouvidos, pois são eles que tomam as decisões locais.

Alcoólatra britânico precisa de transplante de fígado aos 26 anos !

Matt Maden foi diagnosticado com cirrose hepática quando tinha 21 anos.

O britânico Matt Maden tinha 10 anos de idade quando experimentou a primeira taça de vinho, aos 15, ele ficou bêbado pela primeira vez e, hoje, aos 26, precisa de um transplante de fígado para continuar vivo.

Maden recebeu o diagnóstico de cirrose hepática devido ao consumo excessivo de álcool quando tinha 21 anos.

Desde então, ele sofreu três hemorragias graves, que colocaram sua vida em risco, e teve um tubo de plástico colocado em seu fígado para evitar o acúmulo de fluidos em seu estômago e seus pulmões.

O médico Varuna Aluvihare - do Hospital do King's College, em Londres, onde Maden fará o transplante caso consiga um doador compatível - diz que um em cada cinco pacientes morre na lista de espera.

"Tragicamente, a cada ano fracassamos em manter alguém como Matt vivo. Não temos órgãos suficientes no momento e alguém como Matt pode ficar na lista de espera por 18 meses", explica o médico.

Álcool em grandes quantidades

Matt Maden parou de beber quatro anos e meio atrás, depois de ficar em coma por duas semanas por causa da bebida. Ele diz que é assustador pensar que pode morrer devido às grandes quantidades de álcool que consumiu durante a adolescência e início da vida adulta.

Depois da primeira bebedeira, aos 15 anos de idade, Maden diz que foi se tornando cada vez mais resistente às bebidas.

"Eu passei de oito latas de cerveja para ficar bêbado ao dobro disso um ano depois. Mais uns dois anos e eu já precisava de uma garrafa de bebida destilada além da cerveja", conta ele.

'Recluso'

Maden diz que então passou a beber a qualquer hora do dia e que sua vida social começou a decair.

"Eu me tornei um pouco mais recluso. Por anos, o álcool me deu segurança. Mal sabia eu que as bebidas iriam se virar contra mim e acabar controlando minha vida."

Depois de acordar do coma alcoólico, em 2006, Maden teve de passar por 4 semanas de fisioterapia para aprender a andar novamente antes de se internar em uma clínica de reabilitação.

"A forma como eu me comportei no passado foi muito, muito egoísta. Não consigo imaginar o que a minha família passou, deve ter sido muito doloroso", diz Maden.

"Sei que não posso mudar o passado, mas é o que eu posso fazer hoje, e no futuro, que importa agora." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Fonte:Folha de São Paulo

Ministério Público vai investigar operação na cracolândia!!!

O Ministério Público instaurou um inquérito civil para apurar a operação Centro Legal realizada na cracolândia. A avaliação das quatro promotorias envolvidas no processo até agora é de que a operação foi "precipitada", afirmou o promotor Eduardo Valério. Para ele, a repressão só aconteceria "depois de adotadas as medidas sociais e de saúde".

A promotoria vai convocar autoridades do governo estadual e da prefeitura para explicar a operação em 13 de janeiro. Devem comparecer Álvaro Batista Camilo, comandante-geral da PM de SP,a vice-prefeita e secretária de Assistência Social, Alda Marco Antonio, o secretário municipal de saúde Januário Montone e o coordenador de Políticas sobre Drogas da Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania, Luiz Alberto Chaves de Oliveira.
Fonte: Folha de São Paulo

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Cantando e Contando o Natal!!! (Parte 02)

Pela primeira vez a Comunidade Terapêutica Há Uma Esperança Jesus apresenta um programação diferente na noite de Natal, anualmente realizamos a tradicional ceia, e uma linda celebração, mas esse ano mudamos e com a coordenação da Dcª Fernanda, realizamos a apresentação musical "Cantando e Contando o Natal", durante a apresentação a história do menino Jesus foi cantada e contada, foi uma experiência nova que contou com a participação de crianças, alunos na encenação, e também solos femininos. Foi uma linda noite com o fechamento para nossa alegria tendo a ministração da palavra de Deus com o Ev. Thiago Pires. Após a celebração ao Senhor, participamos de uma deliciosa ceia. Confira as fotos!!!!

























Cantando e Contando o Natal!!!




















Serviço Voluntário!!!


No mês de dezembro os alunos da Comunidade Terapêutica estiveram realizando um serviço voluntário em São José dos Campos com o objetivo de com seu serviço prestado a instituição pudessem comprar todo o sistema de captação de energia solar para oferecer maior conforto a todos os internos e também consumir menos energia elétrica. Ao explicar aos internos a importância do voluntariado nesse projeto todos aceitaram o desafio, pois entenderam a importância do mesmo. Obrigado aos alunos e obreiros da instituição que trabalham de forma eficiente que geraram elogios de todos que observaram o comprometimento, comportamento e postura dos irmãos. A instituição agradece a todos que se voluntariaram pois conseguiremos oferecer uma estrutura melhor a todos vocês. Obrigado!!!!