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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Alcoolismo afeta 12% da população e dependência atinge 22,8 milhões.

Fonte:Diário de Pernambuco Dados recentes do Ministério da Saúde apontam que, de cada 20 brasileiros com mais de 18 anos, pelo menos três fazem uso abusivo do álcool. Muito além da ansiedade, vergonha e impotência. No enredo do alcoolismo, que acomete 12% da população brasileira, o pior obstáculo é a negação. O caso do jogador Adriano, que de tão aclamado quando goleava pela Internazionale de Milão ganhou o apelido de Imperador, tem repercutido no país do futebol. Com trajetória marcada tanto pela habilidade nos gramados quanto por confusões e noitadas, o atacante reacendeu as suspeitas sobre seus problemas com o álcool — externados publicamente por pessoas próximas — ao faltar aos treinos no Flamengo no último fim de semana. Os cerca de 40 milhões de torcedores do time se dividem entre classificar Adriano de irresponsável, exigindo sua expulsão, e defender que o jogador seja ajudado. Ao que tudo indica longe do fim, o drama do rapaz de 30 anos traz à tona a endemia do alcoolismo que devasta o país. Dados recentes do Ministério da Saúde apontam que, de cada 20 brasileiros com mais de 18 anos, pelo menos três fazem uso abusivo do álcool. Ou seja, bebem, numa mesma ocasião, quatro ou mais doses (no caso de mulheres) e cinco ou mais doses (para homens). Pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com financiamento da Presidência da República constatou que 12% da população tem dependência da substância. São 22,8 milhões de pessoas, quase dez vezes a quantidade de moradores do Distrito Federal. Um segundo levantamento da instituição está pronto para ser divulgado. E mostrará aumento das mulheres que bebem com muita frequência, de uma a sete vezes na semana, atualmente em 13%. As mortes são incontáveis, já que o álcool está por trás de acidentes de trânsito, brigas e suicídios. Só os transtornos mentais causados diretamente pela bebida matam cerca de 7 mil pessoas por ano. O número de afastamentos do trabalho por causa do álcool cresceu 10% entre 2009 e 2011, conforme dados da Previdência. Ano passado, mais de 13 mil pessoas perderam a capacidade, temporária ou definitivamente, de produção devido ao problema.

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