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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Crack deixa sequelas em familiares dos dependentes
Durante a primeira semana do programa de internação compulsória no Estado de São Paulo, mães de viciados em crack têm recorrido ao serviço para internar os filhos. Nesta quinta-feira (24), a reportagem do R7 testemunhou o desespero de G.R*, 45 anos, no Cratod, em busca de ajuda para internar o filho J.R*, 27, que acabava de ver chapado de crack na cracrolândia, ponto de consumo da droga ali do lado.
Trêmula, com os olhos marejados, mostrando os braços manchados por traumas e queimaduras, ela detalha seu drama.
— O J. é o mais velho dos meus três filhos. Não liga mais para nada, fuma essa praga deste crack em casa. Trocou todas as suas roupas por droga, deu bermudas e camisas dos irmãos em troca desta porcaria e ficou preso por um ano e oito meses por tráfico. E acredite: ameaçou-me de morte com faca por várias vezes. A última delas foi neste último sábado.
Os casos dos filhos de Janecleide, outra mãe de viciado em crack ouvida pelo R7, e G. são típicos de internação involuntária, ou seja, aquela em que os pais querem, mas os dependentes não.
Entretanto, esse não é um exemplo de internação compulsória, como foi confundido pela maior parte das pessoas e da imprensa até agora (veja abaixo as diferenças entre os tipos de internação).
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Internação voluntário de um viciado em crack: uma saída possível
O que está por trás das duas situações é uma dependência voraz, fulminante e mortal, que acaba com a vida em pouco tempo. E infelizmente, tem índices de recuperação de no máximo 2% nos casos em que o dependente se interna contra a sua vontade.
De qualquer forma, é sempre importante tentar.
* Os nomes não foram revelados a pedido da entrevistada
Em 2012, São Paulo teve 5,3 mil internações à força
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